Conheces um pouquinho minha costa,
adivinhas
os continentes que me formam,
os povos que sou,
as línguas que falo,
os livros que li e leio.
Não me apresses.
Me aproximo devagar,
Brisa após a calmaria.
Cada milímetro explorado,
Teus instrumentos.
Precisos,
delicados:
dedos
mãos
lábios
mordiscos
teu corpo inteiro
procura o meu
Me assusta encontrar na tua boca
céu
sol
praias
oceano
enseada
mar
Estar contigo não é natural
Se minha natureza humana é construída.
Na tua língua descubro
a graça
as salinas
e reentrâncias do meu corpo
Tanto pode ser a chegada,
Como a estreia antes da partida
Essa me tocou…
Eliane querida, que coisa mais linda, mais sensual, quanta beleza em tempos sombrios!
Vejo a costa, os continentes, a brisa, o oceano, o céu, o sol, as praias, as enseadas, os povos e suas línguas e seus livros.
Que viagem!
Obrigada amiga, por tanta beleza, por tanta vida.
Muito lindo!
À flor da pele
Amor em tempos difíceis
Eliane
A força marcante do teu poema, pra mim em calmaria, veio como a brisa que ressuscita.
Adorei
À Eliane Accioly: seu elogio ao viajante me tocou…. Pena que não possamos viajar nesses tempos…