No ranking da felicidade da ONU, a Dinamarca está em primeiro lugar. A notícia não é nova, mas vale a pena repensar porque o país encabeça essa lista.
O professor de Economia, Christian Bjornskov, que se especializou na relação entre felicidade e economia pela Aarhus Business School, traz como primeiro argumento “o extremo grau de confiança que as pessoas têm umas nas outras naquele país”. E não é pra menos: “O último grande escândalo político que tivemos na Dinamarca foi quando um ex-primeiro ministro não conseguia justificar todas suas despesas”. Quanto dinheiro foi gasto sem explicação? “Cerca de 145 dólares. Um escândalo”. O professor se refere a Lars Lokke Rasmussen, primeiro-ministro entre 2009 e 2011.

É claro que outros fatores também contam. Acesso à educação, saúde e renda. Direito a uma vida digna. Mas, mesmo com a garantia de conforto material, não há certeza de felicidade.
O que pesa mais, insiste o mestre, é a confiança no outro, no ser humano e, por consequência, nas instituições como a polícia e os políticos. “Nós perguntamos para as pessoas se elas acham que desconhecidos são dignos de confiança. Cerca de 70%, na Dinamarca, diz que sim. No Brasil, esse índice é de apenas 7%”, compara o professor.
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